quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Pessoas x Máquinas - uma linha tênue

Olá pessoal!

Hoje vou dar sequência ao que tinha prometido, com relação a um texto que trata de um assunto bem atual, a relação homem-máquina. Para escrever tive que parar para pensar sobre algumas coisas em comum e coisas diferentes. Os pensamentos estão sintetizados no texto abaixo:

Desde o início dos tempos os seres procuram maneiras de facilitar seu trabalho, assim aumentando sua sobrevivência. Isso é instintivo, embora alguns animais tenham essa característica mais acentuada que outros. No entanto, só o homem que consegue estabelecer uma linguagem de alto nível (pelo que até hoje sabemos, só nós conseguimos esse feito), ou seja, conseguimos nos comunicar com seres da mesma espécie e nos fazemos entender. 
O advento da linguagem mudou toda a história humana, conseguimos estabelecer normas e prioridades para as coisas. Cultuamos deuses, que supomos superiores a nós, criamos imensos trabalhos.... A grande maioria das pessoas na hora que ouve a palavra trabalho pensa em algo desgastante, tedioso e inútil. De fato o homem, assim como todos os outros seres, não gosta de despender energia em coisas que não são para o seu próprio proveito num período de tempo quase instantâneo. Temos um exemplo claro: o que vocês acham que uma pessoa prefere, uma noite de sexo ou uma noite de trabalho no computador? A mente humana tem um lado muito tendencioso para o prazer momentâneo.
Ao passo que o homem gosta de desfrutar o seu tempo com prazeres, quem se torna responsável por executar tarefas críticas para a manutenção da sociedade, instituição ou vida? Delegamos tarefas a seres que não apresentam escolha, são feitos somente para obedecer e executar. Esses seres são as máquinas. 
A primeira grande invenção foi a roda, que possibilitou uma maior mobilidade, depois máquinas agrícolas, como força motriz animal. No entanto tais máquinas não apresentavam uma boa capacidade adaptativa, ou seja, era uma máquina para cada tarefa. Disso surgiu a ideia de explorar a mão de obra humana, altamente adaptável para diversas circunstâncias.
Não preciso mencionar aqui o fenômeno de séculos que foi a escravidão. Por outro lado crescia a insatisfação com a escravidão devido à produtividade baixa desse tipo de máquina. A mudança da mão de obra escrava para a assalariada não foi uma coisa promovida somente pela "ética contemporânea", foi também por grandes interesses produtivos.
Eram necessárias novas máquinas, pois a demanda de trabalho aumentava e o homem não era capaz de efetuar todas as tarefas propostas no mesmo período de tempo. Surgem as máquinas mecânicas no século 19. A eletrônica surge como uma tecnologia inovadora, disso surgem os primeiros computadores eletrônicos. 
Os anos se passaram e caminhamos para a robótica, uma mecanização tão absurda que as máquinas apresentam até formas humanóides. 
Até onde vamos? Até onde as máquinas irão? 
Uma frase que me marcou num dos filmes da trilogia Matrix foi: "a ténue diferença entre homens e máquinas é o controle." 
Enquanto possuímos o controle a situação é altamente favorável a nós, mas até quando durará? Não estamos criando os nosso próprios predadores? 

Recomendo os filmes da trilogia Matrix, o filme Eu Robô, a música Kraftwerk - We are the robots

Pensem e reflitam!
Até mais!

5 comentários:

  1. Linha tênue? tem certeza, primo?
    porque em alguns casos eu acho que são totalmente opostos, emocionalmente falando, e em outros, as pessoas são tratadas e reagem feito máquinas.
    a individualização do ser tomou proporções tão enormes que se esqueceram do outro e da própria consciência, o que o caracterizaria como máquina e por outro lado, sua maneira de sentir-se a si próprio passou a ser mais intensa e mais incisiva, exatamente por ser mais individual.
    adorei o texto. xoxo

    marina

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  2. Oi Má!

    Então como a gente tinha começado a conversar. Acho que você levou o termo máquinas muito ao pé da letra, pensando primeiramente em robôs e computadores (seres inertes), no entanto o coneito de máquina se extende a tudo aquilo que podemos controlar, tal como o próprio homem (lógico que com uso da força bruta). Assim como comentei no texto a mão de obra escrava foi utilizada por ser altamente adáptavel, embora improdutiva pois vc estava forçando um ser que tem seus anseios e compreende a sua exploração.
    Outro ponto interessante é o desenvolvimento de tecnologia de redes neurais que data do início da computação. Somente com circuitos eletrônicos é quase possível simular o comportamento dos neurônios humanos. O paradigma de possibilidade 0 ou 1 para os computadores já era, entramos na era na incerteza, computadores usam métodos próximos aos utilizados pela seleção natural para resolverem problemas. Não me admira daqui a pouco surgirem autômatos capazes de interagir plenamente com o homem, apresentando reações de desagrado ou outra característica.... Sim tecnologia é loucura!!

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  3. tecnologia é loucura e perigo então.

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  4. Tudo em cima queridão???

    De maneira despretensiosa fui olhar o seu blog. Num é que me surpreendi com o belo texto que fizera.
    O tema é muito recorrente aos velhos novos dilemas humanos. Entretanto cabeção (rsrs), é necessário ter alguns cuidados ao fazer algumas afirmações, até porque a construção da história e a constituição de suas ideias, sempre foram feitas por meio do prevalecimento do ideário da classe dominante. Nesse sentido quando afirma "A mudança da mão de obra escrava para a assalariada não foi uma coisa promovida somente pela "ética contemporânea"(...), há um leve esquecimento que implica numa interpretação em que coloca os escravos numa posição de consentimento com a exploração na qual foram submetidos, ao contrário, a mudança fora viabilizada, substancialmente, pela luta que os escravos travaram nesse processo. Apenas um adendo, rsrs, se assim posso colocar...
    Parabéns pelo texto!!!!
    Mande notícias!!!!

    OBS> Vc deve estar lendo muito Descartes....kkkkkkkkk

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  5. Hahaha quem é vivo sempre aparece! Gostei do comentário Junior! É bom levar um puxãozinho de orelha, pois é com erros que a gente fortacele o discurso!
    Descartes faz parte da mentalidade analítica que eu desenvolvi durante esses anoss, um racionalismo seco. No entanto gosto bastante dos gregos Heráclito, Epicuro, Sócrates, Platão e Aristóteles. De certa forma cada um tem uma contribuição significativa nos pensamentos mais mundanos.
    No plano político gosto de Hobbes, Maquiavel e Rosseau... huauha pra falar bem a verdade eu pensei há muito tempo atrás pensei em fazer filosofia, mas sei lá o plano das exatas me atraiu mais. Hoje estou aqui, misturando um pouco dos dois!
    Abraço!

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