domingo, 6 de março de 2011

Voltando p/ casa - Últimos momentos em terras estrangeiras



   Últimos dias de uma temporada sempre são prenúncio do que vira em seguida. De tudo, ficaram as lembranças das pessoas, dos locais e de cada momento vivido com boas companhias.

    Um jogo de palavras muito clichê, mas que no momento satisfaz a vontade de exprimir o que sinto.

    O fato é que quando estamos a beira de um colapso no nosso modo de vida, percebemos o quanto cada ato das nossas rotinas se torna apreciavelmente comum e confortável. Colapsamos. Mudamos. Na procura pelo auto-conhecimento, percebi o quanto certas coisas singelas na minha vida são importantes para me manter bem.

  O pré-socrático Heráclito era adepto da permanente transformação das coisas, da forma que jamais podemos experimentar exatamente a mesma coisa. Acredito que pessoas seguem esse mesmo princípio, pois a cada nova vivência saímos diferentes e modificamos o nosso ambiente.

   Refleti sobre esse pensamento alguns minutos… conclui que ações que implicam em volta, retrocesso e regresso não existem. Embora os cenários de "volta" existam, não serão nunca exatamente iguais a antes e a sequência de coisas decorrentes jamais se repetirá da mesma forma.

   Dessa forma não estou voltando para casa, mas sim chegando. Um pouco mudado talvez, mas com certeza diferente!

Grigory L. de Castro